ILUSÕES - Luis Camnitzer

Nem tudo é o que parece ser

A exposição ‘’Ilusões’’, instalada na Casa Daros, traz uma proposta inovadora e criativa, buscando sempre a máxima percepção do observador. A maioria das obras apresentadas traz um questionamento mental sobre o real conceito de um objeto, instalação ou fotografia, isto é, nem tudo é o que parece ser. O artista em destaque na exposição é o alemão, que cresceu no Uruguai e trabalha nos Estados Unidos, Luis Camnitzer.
Nascido em  Lübeck, Alemanha, em 1937 Luis Camnitzer cresceu em Montevideo, Uruguay. Aos 27 anos, no ano de 1964, se mudou para Nova York onde ele e seus companheiros Liliana Porter e José Guillermo Castillo fundaram o New York Graphic Workshop. Esse estúdio tinha como foco a natureza matemática e repetitiva das gravuras, que revive a importância das gravuras como arte contemporânea.

                          Sentence
(Isto é um espelho. Você é uma frase escrita)
Luis Camnitzer 1966–1968
 Na obra ‘’Sentence’’, Camnitzer exibe uma frase visualmente incompreensível, afirmando que a chapa sintética na sua concepção é um espelho, ou seja, o que esta escrito tem o poder de determinar o objeto - característica é muito comum na arte conceitual, a obra se transforma naquilo que o artista define, deixando de ser o que ela realmente é. O objetivo principal desta obra é que o espectador se veja no espelho, através de uma frase escrita, aquilo que o artista determinou. ‘’Written’’, traz pra quem observa o pensamento de já estar escrito, ou seja, ele já é um ser formado, e nada pode mudá-lo.


                                            



Arbitrary Objects and Their Titles
(Objeto arbitrários e seus títulos)
Luis Camnitzer 1979-2010


Objetos encontrados e lápis sobre papel em parede - 
Dimensões variáveis
Os objetos presentes na obra foram afixados aleatoriamente na parede, com um papel embaixo de cada um em forma de “título” de acordo com o seu respectivo destroço. Esses objetos nos dão uma aparência de sobras de um naufrágio.
 A organização disposta na parede  é totalmente casual – a coerência de sua narrativa é fornecida apenas pela participação mental e pela assimilação do espectador de cada elemento no próprio contexto pessoal. Embora os objetos e os termos sejam tão abertos quanto possível, podem ser reunidos para formar um grupo e ao mesmo tempo deixar claro quanto a percepção de cada espectador é diferente.




A obra The photograph 1981( A fotografia) apesar de ser uma obra simples tenta dizer muito mais do que parece. Nesse quadro temos a representação do desenho, da pintura e da escultura. Esse trabalho representaria uma síntese e envolve  varias camadas. Uma delas as camadas da historia da arte e essas três são representações das artes clássicas, usadas desde que a arte começou a ser entendida. Quando a fotografia surge, ela começa a enfrentar problemas, um deles era não ser vista como arte.

Com o surgimento da fotografia surge também um empate entre os fotógrafos e os pintores. Esses se sentem inseguros pela rapidez com que a fotografia pode ser feita, impresisionados com essa tecnologia nova, não precisando de meses para a obra ficar pronta, que era o caso dos quadros. Aqueles baseiam suas fotografias em pinturas, não revolucionando a técnica da  foto e sim fazendo uma copia das pinturas, tentando fazer com que a fotografia se tornasse arte. Quem melhor aproveitava essa invenção era quem enxergava além e conseguia fazer uso das duas técnicas.
Esse é um dos quadros que o que se vê e o que se diz combinam, é um quadro bem calculado, contrapondo seus trabalhos arbitrários. E mesmo sendo uma simples fotografia consegue abranger diversas visões e detém todos esses processos.


Grupo:
Marina Abi-Rihan
Manuela Teixeira
Gabriela Mariz
Larrissa Busch
Maitê Paes


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