No dia 24 de
setembro Angelo Venosa foi à galeria Anita Schwartz para conversar com os
alunos da UFRJ sobre suas obras. O artista revelou que não gosta de dar nome as
suas obras para que os observadores possam ter o pensamento livre para
encontrarem o que desejarem em cada uma delas.
O artista integra a
suas obras a tecnologia. Todas as obras presentes na galeria Anita, receberam
ajuda de um computador ou escâner. O artista revela que os códigos também podem
ser arte, mas com uma leitura diferente. O nome da exposição presente na
galeria é Membrana pois essa é uma estrutura maleável e permite a entrada e
saída, como a entrada e saída de ideias a
respeito das obras em nossa cabeça. A interação da tecnologia e da
imaginação são impressionantes e admiráveis, vale a pena conferir.
Angelo Venosa surgiu
na cena artística brasileira na década de 1980, período
que culminou com o surgimento de muitos artistas que trabalhavam com a pintura.
Mas Venosa decidiu tomar a direção contrária de seus contemporâneos, cada vez
mais se aproximando da escultura. Madeira, mármore, ossos, metal, tecido,
cordas, acrílico, papel, cera: todos esses materiais já foram submetidos às
mãos do artista.
Desde então, Venosa
lançou as bases de uma trajetória que se consolidou no circuito nacional e
internacional, incluindo passagens pela Bienal de São Paulo (1987), Arte
Brasileira do Século XX (1987, Musée d'Art Moderne de La Ville de Paris), Bienal
de Veneza (1993), e Bienal do Mercosul (2005). Em 2012, o Museu de Arte Moderna
do Rio de Janeiro (MAM RJ) consagrou-lhe uma exposição individual em
comemoração aos 30 anos de carreira, que seguiu para a Pinacoteca de São Paulo
em abril de 2013. Ainda em 2013 foi lançado o segundo livro sobre sua obra,
também publicado pela Cosac Naify.
A partir do uso simultâneo de materiais que não necessariamente têm relações uns com os outros, o trabalho desse artista muitas vezes causa inquietação ou estranheza. As oposições entre orgânico e inorgânico, figurativo e abstrato também permeiam sua obra. Assim, os elementos mais diversos são manipulados por Venosa.
Hoje o artista conta com várias escultura públicas instaladas no país: - Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Jardins); - Museu de Arte Moderna de São Paulo (Jardim do Ibirapuera); - Pinacoteca de São Paulo (Jardim da Luz); - Praia de Copacabana/ Leme, no Rio de Janeiro; - Santana do Livramento, Rio Grande do Sul e - Parque José Ermírio de Moraes, em Curitiba.
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